Em dia com o amor e as finanças

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Durante algum tempo tive o prazer de frequentar a Igreja Ágape de Araçatuba e tive a honra de ser ministrada por estes queridos, Pastor Julio Mouro e sua esposa Vilma Mouro. Gostei da entrevista dada por eles  ao jornal Folha da Região.  Falaram um pouco sobre o amor e as finanças, tema tão importante na vida de um casal. Espero que gostem, pois o fim  do ano esta chegando e as festas também e  nem sempre o casal consegue chegar a um acordo em relação aos gastos.

Reportagem

Dinheiro pode não trazer felicidade, como afirma o ditado popular, mas conversar sobre ele pode ser o caminho para ela. Um casal com esse hábito tem mais chances de alcançar harmonia, sintonia e entendimento, além de ter a economia em dia.
Compras no supermercado, material escolar dos filhos, viagens, manutenção da casa são apenas algumas questões que fazem parte da rotina de um casal, e que podem virar motivo de muito desentendimento e discussão se não forem encarados com responsabilidade pelos dois lados.
Algumas bibliografias, como o “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, de Gustavo Cerbasi, lançado em 2004, já trazem como principal assunto as dificuldades financeiras enfrentadas por famílias, e como passar por elas sem estresse.

Se há falha de comunicação, o casal pode sofrer com a falta de planejamento no orçamento e assim não conseguir guardar dinheiro para realizar atividades junto. É possível ter uma sintonia na hora de administrar o orçamento, basta marido e esposa (ou namorada e namorado) terem vontade e compromisso, como Vilma Viana Mouro, 42, e Júlio Cesar Mouro, 43, que são pastores em Araçatuba.

SINTONIA

Casados há 20 anos, com conta conjunta no banco, eles afirmam que a conversa no casamento sempre foi fundamental para discutir as finanças domésticas e assim priorizar as necessidades básicas, abrindo mão, algumas vezes, de vontades pessoais. “É importante dialogar e ambos estarem cientes dos gastos e necessidades que a família possui. A cumplicidade e confiança financeira são algumas das bases para que o casal viva em harmonia e prospere de maneira saudável”, conta Vilma.
Essa atitude de conversar sobre o dinheiro da casa pode começar pela união do salário. Com Vilma e Júlio, esse hábito esteve presente desde a época do namoro. “Pensávamos em compartilhar nossos rendimentos: não seria mais o meu salário ou o teu salário e sim o ‘nosso’ a partir do momento em que casássemos.” Atualmente, a vida financeira da família é composta por várias contas mensais, como água, luz, telefone, impostos, escola dos filhos, gastos com alimentação, roupa, casa, automóvel, além de alguns gastos extras.  É necessário, portanto, manter tudo isso em conformidade com a renda familiar. Para isso, mantemos um diálogo periódico, assim temos também a possibilidade de projetar planos futuros.”

UNIÃO

Há histórias onde a mulher perde o marido e só então fica sabendo que ele tinha dinheiro investido. Tem aquele cônjuge que fica gastando em roupas e outros bens, e esconde isso do parceiro. E a lista segue. Vilma e Júlio dão a dica para a união do casal se estender para a união do dinheiro.  “Ele deve ter como propósito ser um só, unindo- se não só fisicamente, mas emocionalmente e espiritualmente. Dessa forma, fica mais fácil desenvolver confiança, companheirismo, diálogo e outros princípios fundamentais para o bom relacionamento e para um orçamento menos apertado.”

PLANEJAMENTO PODE SER REVISADO

De acordo com a educadora financeira Silvia Alambert, de São Paulo, um casal deve esquecer os aborrecimentos que uma conversa sobre dinheiro pode causar e se prontificar a estar aberto para dialogar sobre essas questões. Em alguns casos, parece que os casais vivem vidas separadas ou em constante guerra declarada, o que só piora as coisas. “O casal deve sentar e montar um plano de economia e gastos de curto, médio e longo prazo, definindo objetivos de vida e priorizando seus interesses comuns, seus sonhos de vida conjunta. Assim, saberão exatamente por onde caminhar”, conta Silvia. Isso não quer dizer que um tenha que consultar o outro sempre antes de comprar algo, pois tendo os planos econômicos traçados, cada um se torna responsável pelo sucesso da relação e entender que um deve ser fiel ao outro com relação ao que desejam para ambos.
Se a família está em uma situação difícil, o casal deve conversar sobre dinheiro antes de estar chegando na falência, para juntos poderem encontrar alternativas. Fazer um plano de economia e gastos para visualizar e direcionar as finanças do casal, e assim “enxergar” os objetivos de vida da família. Começar a fazer perguntas do tipo: “Onde estamos hoje?”; “Onde queremos estar no próximo ano, e daqui a 5, 10, 20 anos?” e “Como vamos conseguir realizar o que queremos?”. Outro ponto que deve ser explorado é a flexibilidade.

Não adianta fazer um plano sem revisá-lo. É preciso compreender que um planejamento pode e deve ser mudado de tempos em tempos, já que os sonhos mudam e outras situações acontecem.

Fonte: Blog da Igreja Ágape de Araçatuba

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