Conhecidas por melhorar o desempenho físico de atletas, as bebidas energéticas podem não ser tão benéficas quanto se pensava. De acordo com pesquisadores da Universidade de Nova Southeastern, na Flórida (EUA), o consumo desenfreado desses líquidos pode causar insônia, arritmia, osteoporose, doenças cardiovasculares, complicações no parto e na gestação e problemas gastrointestinais.
“As bebidas energéticas contêm, tradicionalmente, cafeína, taurina, sacarose, guaraná, ginseng, niacina e vitamina B12”, descreve Stephanie Ballard, uma das responsáveis pelo estudo. Segundo ela, a melhora no desempenho físico proporcionado pela bebida está diretamente relacionada à cafeína. Até aí, nenhuma novidade. Mas Stephanie vai além: “Os efeitos da cafeína podem variar no desempenho anaeróbico do indivíduo”.
Os resultados levantados pela equipe colocam em xeque ainda se a combinação entre a bebida e exercícios físicos pode acelerar, de fato, a perda de peso. “O aumento na queima de calorias tende a diminuir e a voltar ao normal quando o uso da cafeína se torna um hábito regular e corriqueiro”, acrescenta Ballard. Além disso, por ser frequentemente acrescida de açúcar, ela pode ser tão prejudicial para o ganho de peso quanto os refrigerantes.
Doping – O consumo exagerado de uma substância ativa como a cafeína pode trazer efeitos colaterais sérios ao organismo. Nos energéticos, a substância está presente em concentrações altíssimas (até seis vezes mais do que em outras bebidas). Por isso, apesar de ter sido retirada da lista da Agência Mundial Anti-Doping em 2004, a substância é monitorada desde 2009 para evitar o uso abusivo. De acordo com as regras da Associação Atlética Universitária Nacional dos EUA, atletas que apresentam mais de 15mg/L de cafeína na urina são barrados no teste anti-doping. Oito xícaras de café, cada uma com 100mg de cafeína, são suficientes para atingir a quantia permitida.
Fonte: Revista Veja
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