Ração Humana

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Há algum tempo a Ração Humana é assunto entre aqueles que se preocupam principalmente com a boa forma, muitos substituem as refeições pela ração humana, mas o problema é que esta mistura, apesar de ser rica em fibras e alguns minerais, não contém todos os nutrientes necessários nem é reconhecida como capaz de substituir uma refeição.

A Ração Humana que, atualmente, existe em diversas versões, foi criada inicialmente para complementar a alimentação e não para substituir refeições no auxílio a processos de emagrecimento. Este foi o assunto de um alerta divulgado pela Anvisa na última terça-feira, dia 7. Segundo a Anvisa, esta iniciativa foi tomada após diversos questionamentos feitos por parte de órgão estaduais de vigilância a respeito desse produto.

Sua formulação varia de acordo com o fabricante, mas geralmente trata-se de uma mistura de diferentes cereais, farinhas, farelos e fibras, que podem conter guaraná, gelatina e cacau em pó, levedo de cerveja, extrato de soja, linhaça e gergelim. Um grande problema é que, dependendo de sua composição, a Ração Humana pode se enquadrar em diferentes legislações/resoluções, podendo ser classificada como mistura para preparo de alimentos, alimento pronto para o consumo, novo alimento ou alimento para fins especiais, entre outros.

Ainda de acordo com a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, alegações de propriedades medicamentosas e terapêuticas relativas a emagrecimento não podem ser utilizadas em rótulos ou publicidade do produto e, para alegar propriedades funcionais ou de saúde, a empresa deve registrar o produto como tal e atender as exigências da legislação (inclusive apresentando estudos que comprovem sua ação, que, no caso da Ração Humana, são insuficientes).

São muitos os pontos que necessitam de ajuste para a comercialização deste produto, até mesmo o nome “Ração Humana” tem suas limitações, por passar a falsa idéia de ser um alimento completo para consumo humano. Entre os nutricionistas, alguns indicam a “Ração Humana” como complemento alimentar, nunca como substituto de refeições, outros se preocupam com os riscos que o consumo deste alimento podem trazer, o que inclui até mesmo aumento de peso, pois ao contrário do que muitos podem pensar, a Ração Humana não é um produto de baixas calorias. Além disso, o consumo deste complemento é totalmente desnecessário se a pessoa se alimentar de maneira saudável, ingerindo a quantidade recomendada de fibras, frutas e vegetais.

A empresa que desejar comercializar produtos com alegações de propriedades funcionais e ou de saúde deve solicitar registro desses produtos junto à Anvisa. Durante o processo de análise do pedido de registro, a Agência irá verificar a segurança e eficácia. Além disso, a empresa terá que comprovar que o produto realmente cumpre a alegação que promete. Apenas depois de conseguir o registro, o alimento poderá ser colocado a venda.

Fontes:
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
Folha on line
Estadão

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